Eu era repleto
de impaciência.
Transformei
minha impaciência em tranqüilidade; pois o que é para ser meu, sei que há de
vir no tempo certo.
Eu tinha ódio
no meu coração.
Transformei meu
ódio em interesse; em entender o próximo como igual, pois mesmo que não
percebamos, somo um só.
Eu respirava
incerteza.
Transformei
minha incerteza em vontade; de abraçar oportunidades.
Eu absorvia
descrença.
Transformei
minha descrença em fé; pois tudo pode acontecer a quem nunca desiste do que é
certo, o impossível é só uma barreira criada pelos homens.
Eu demonstrava
descuido.
Transformei meu
descuido em respeito; pelos meus sentimentos e das pessoas ao meu redor.
Eu transbordava
indiferença.
Transformei
minha indiferença em esmero; em cuidar de cada vida como algo único.
Eu sentia medo.
Transformei meu
medo em ousadia; pois nem sempre se pode ter coragem, mas a vontade de lutar
pelo o que se acredita é o melhor combustível para as maiores virtudes.
Eu sofria de
tristeza.
Transformei
minha tristeza em esperança; porque o choro pode durar uma noite inteira, mas a
alegria vem pela manhã.
Eu me mantinha
sedentário.
Transformei meu
sedentarismo em esforço; para mudar todo o meu ser. Fazendo de meu corpo, alma
e espírito um só. Sem limitações.
Eu era
prisioneiro do estresse.
Transformei meu
estresse em bom humor; porque o humor é como uma doença: é contagiante. E eu é
que não vou propagar o mal.
Eu tinha
pobreza espiritual.
Transformei
minha pobreza espiritual em trabalho espiritual; pois é o único jeito de se
enriquecer nesse patamar.
Eu me prendia
ao egoísmo.
Transformei meu
egoísmo em amor; a tudo que não envolve o pequeno metro quadrado a qual se
resume minha existência.
Eu era cego por
opção.
Transformei
minha cegueira em observação; do ser que envolve o tudo e o todo.
Eu me afogava
em preocupações.
Transformei
minha preocupação em inspiração; pois posso não mudar o mundo, mas posso
transformar o meu mundo em algo belo e assim mudar o mundo de muitas outras
pessoas.
Eu era a
ignorância.
Transformei
minha ignorância em entendimento; que estou aqui de passagem. Ser ruim para os
outros não melhorará a minha viagem.
Porque o que
cria o amor é o próprio amor.
E o resto é
bobagem.
- Vinicius Neves
Blog : Nobre Vagabundo
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