quinta-feira, 25 de julho de 2013

Revolução e Arte







"As manifestações culturais dos anos 60 e 70 refletiram o espírito de uma época de intensa contestação dos padrões sociais, das influências estrangeiras na cultura, de uma geração de jovens que buscavam liberdade através de ideais contraculturais, políticos e revolucionários. No mundo todo, estes anos foram marcantes em termos de mobilização social e cultural, conforme ressaltam Groppo (2000) e Brandão; Duarte (1990). A música, a literatura, o cinema e os movimentos sociais no Brasil foram atingidos por este clima efervescente de mudança e conquista por uma cultura nacional e liberdade em diversos âmbitos.
Entre as transformações sociais em curso nestes anos, acompanhadas e reivindicadas pelos inúmeros movimentos sociais que cresceram em termos de mobilização e contingente nos anos 60 relacionam se as transformações no campo da cultura, na forma como era encaminhada e concebida a cultura brasileira. A discussão que se configurou no Brasil no início da década de 60 pautava -se no debate por uma ideologia nacionalista, tentando criar uma cultura nacional popular. Grande parte dos movimentos culturais deste período possuía vínculos com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a ideia de “nacional popular” era concebida como um resgate das origens daquilo que seria o povo brasileiro. Este, conforme as avaliações do PCB, encontrava-se sob domínio do imperialismo e do sistema capitalista. Logo, caberia à arte e à cultura a tarefa de conscientização e de resgate da cultura genuinamente brasileira. O aliado principal do imperialismo e, portanto, o inimigo principal de esquerda, seriam os aspectos arcaicos da sociedade brasileira, basicamente o latifúndio, contra o qual deveria erguer-se o povo, composto por todos aqueles interessados no progresso do país. (SCHWARZ, 2001 p. 13) A interpretação daquilo que seria nacional popular, de uma cultura nacionalista pela esquerda, fundamentava- se na luta anti imperialista. A revolução traria o fim da cadeia de exploração capitalista, fazendo emergir a ditadura do proletariado e também a cultura do povo brasileiro. 
 Como é bom, olhar para o passado. Não? Pois os que lutaram pelo fim   “ da cadeia de exploração capitalista...”  Acabaram fazendo parte do sistema. E hoje uma nova revolução emerge via as mídias sociais sem o  vinculo partidário, mas luta por justiça social, liberdade de expressão, democracia.


O Romantismo revolucionário também esta presente nas ruas e nas redes sociais onde a criatividade dos web ativista  transborda e consagra uma nova cultura que o futuro poderá pesquisar e analisar. Hoje ,  nós podemos escolher participar ou simplesmente fazer de conta que não existe . Deixando a indiferença isolar-nos  em ilusões passageiras. Ou fazer parte. Ir às ruas. Compartilhar e Curtir informações  e ideias revolucionarias.Mudando o Brasil!




 Fonte: Tese de mestrado





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